Ex trabalhadores da Sonangol pedem justiça e reintegração exigem intervenção presidencial
Segundo relatos do grupo, no dia 8 do mês corrente, antes mesmo do início da vigília marcada para as 18h59, agentes da Polícia Nacional cercaram a área, realizaram revistas e procederam a detenções de jovens que se encontravam sentados ou apenas passavam pelo local.
“Mais de cinco colegas foram detidos sem qualquer motivo, uma vez que a vigília ainda nem havia começado. Esta repressão só acontece porque os dirigentes da Sonangol, que se beneficiam da nossa situação, usam a polícia para nos perseguir e calar”, afirma o comunicado do coletivo.
Os ex-CTT’s acusam a petrolífera estatal de práticas injustas no processo de desligamento, alegando que foram despedidos após mais de 20 anos de serviço. O grupo acusa ainda gestores da empresa de substituírem os trabalhadores afastados por familiares e pessoas próximas, deixando dezenas de chefes de família em situação de desemprego.
Além disso, denunciam que colegas detidos em manifestações anteriores têm sido extorquidos em esquadras, o que agrava ainda mais o quadro de vulnerabilidade social em que se encontram.
No documento, os ex-trabalhadores fazem um apelo direto ao Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, para intervir no que classificam como “um grupo dentro da Sonangol que age de forma arbitrária e injusta”.
Aos órgãos da Justiça, à sociedade civil e a advogados independentes, para que acompanhem de perto o caso e pressionem por soluções, os ex-CTT’s afirmam que não vão cessar as suas atividades e manifestações até que a sua situação seja resolvida. Segundo eles, o caso ultrapassa a esfera laboral, tornando-se também uma questão de dignidade, sobrevivência e direitos fundamentais.
“Somos chefes de família, cidadãos angolanos, e não aceitaremos ser tratados como descartáveis por uma empresa que tanto se beneficiou do nosso trabalho ao longo de 20 anos”, reforça o grupo.

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