“Tenho vergonha de ser professor e orgulho de ser motoqueiro” diz ProfMotoqueiro
Avelino Messias Chississo Tchimuku, mais conhecido como ProfMotoqueiro, utilizou a sua página oficial do Facebook, na manhã desta segunda-feira, 1 de setembro, para lançar uma reflexão que rapidamente gerou debate ele afirma sentir "vergonha de ser professor e orgulho do motoqueiro".
Segundo o docente residente no Bairro Valódia, em Moçâmedes, a sua posição nasce da comparação entre a valorização social das duas profissões.
“Na prática, percebo que o motoqueiro é mais respeitado do que o professor. Enquanto nós, professores, continuamos esquecidos, sem as mínimas condições de trabalho e sem qualquer gesto de valorização, os motoqueiros já receberam, por exemplo, um acto plausível da empresa UNITEL, que lhes ofereceu capacetes de proteção”, escreveu.
Para o ProfMotoqueiro, seria justo que os professores também recebessem incentivos concretos que pudessem melhorar o desempenho profissional.
“Era de esperar que houvesse reconhecimento para os professores, como poder de compras e melhores condições de trabalho, oferta de computadores, internet, impressoras, projectores. Ferramentas básicas para ensinar num mundo cada vez mais digital. Mas nada disso chega até nós”, acrescentou.
O professor lamenta que, em Angola, a classe docente continue a ser tratada de forma precária, apesar de ter a missão fundamental de formar gerações.
“Infelizmente, o professor continua a ser tratado como um mendigo, apesar de carregar a maior responsabilidade formar gerações”, desabafou.
A publicação terminou com uma citação bíblica que reforça o peso da educação no desenvolvimento humano e social:
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6).




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